segunda-feira, 18 de maio de 2009

Every second counts




Detive-me sobre a ideia de escrever acerca de um filme que vi esta semana, e que já há algum tempo andava para ver, Cashback, do realizador Sean Ellis: um tema leve mas com substância.
Através dos olhos de um estudante de belas artes, cujo desgosto amoroso lhe rouba a capacidade de dormir, e que resolve candidatar-se ao turno da noite num supermercado local, entramos num mundo plástico de contornos e cores definidas, que o protagonista molda, através da solidificação do tempo, em quadros vivos e sensuais.
Um mundo despido de preconceitos, com nus artísticos reveladores do magnetismo exercido pelo corpo feminino, símbolo ele próprio da criação. E uma atracção/perseguição de imagens perfeitas, ciente que a perfeição não se regula por medidas especiais, mas que se encontra no pormenor das imagens mais simples diárias, desde que se preste a devida atenção.
Podem ocorrer a qualquer altura, estes momentos de clarivisão.
Não podemos prendê-los com a mesma facilidade com que o filme prolonga a frame no ecrã, mas podemos recriá-los na mente, juntar-lhes valor.
Every second counts”. Resume tanta coisa.
E cada um com o seu peso: alguns com pouco, outros que exercem uma força esmagadora sobre a linha da vida, desviando-a do seu curso rectilíneo aparentemente normal. São esses segundos que impulsionam, botam para a frente, são movimento e não deixam o nosso relógio parar.
O que é que vais fazer com os teus?
Será que os consegues controlar?
TIC TAC TIC...

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