sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um qualquer texto, sobre um qualquer Portugal



No programa Os Portugueses Preferem os Vilões, gravado no Portugal dos Pequeninos, o vencedor da décima oitava temporada, José Sócrates (por votação do público), prometeu a união das forças do mal de cada um dos partidos, para perpetuar o reino da democracia obscura…onde a liberdade, após cruelmente desfigurada, continuará encarcerada numa masmorra profunda.

Quem irá salvá-la e restituir-lhe o rosto perfeito, em que todos acreditávamos?

Os que se recordam afirmam que parecia uma mulher simples, mas poderosa. No entanto, os “príncipes negros” roubaram-lhe as virtudes e tornaram-na azeda. Agora, temem que nem as plásticas do Dr. Tallon possam devolver-lhe a sua beleza original.
Outros, por nunca a terem visto, acreditam que talvez não passe de uma lenda, que o povo alimentou como esperança da salvação dos governos do mal, mas que na verdade nunca existiu.

O facto é que o descrédito na liberdade alimentou uma sombra, que paira sobre a cabeça dos portugueses e não os deixa, por isso, ser racionais. Alienados sob o comando de promessas absurdas, que apagam como que magicamente o passado próximo, parecem responder com um voto positivo à palavra enfeitiçada “diálogo”, que Sócrates utiliza repetidamente nos seus mais recentes discursos, de modo pouco disfarçado.

Estejam as suas artimanhas e estratagemas de acordo ou não com as regras do jogo, sejam ou não dignos e honestos para com o público que o acompanha, apesar de tudo é nele que as audiências apostam. É no risco que está a emoção.

O Obama e o Super-Homem que se cuidem que este programa não é para heróis.

No próximo episódio de Os Portugueses Preferem os Vilões, a não perder o programa especial “Sócrates versus Cavaco Silva, sobre as prioridades da destruição do País”.

Fica a antevisão (com imagens do confessionário):
Sócrates – É importante apagar o passado da mente dos portugueses e ocultar a realidade em que se encontram, para continuar à frente. Se o programa é de entretenimento, vou dar-lhes promessas de modernização da economia e da sociedade, como forma de combater a crise, quando…na verdade, quero mesmo é brincar aos comboios rápidos e às construções. Este País agora é meu, é meu! E se eu quiser ele vai ao fundo, como os submarinos do Paulo Portas.
Cavaco Silva – Se o menino Sócrates não se comportar, eu ainda demito o governo e salvo o País das suas brincadeiras, deitando abaixo o conceito deste programa. Ele não ouve os mais velhos e um dia vai ser castigado por não fazer aquilo que eu mando. Cachopo!

(Nota da Produção: A relação dos nomes dos personagens em jogo, adoptadas pelos concorrentes, com quaisquer pessoas conhecidas do "mundo real" é pura coincidência pois, para bem da nossa saúde mental, esse "mundo" não existe. Alerta a pessoas sensíveis. Este programa pode conter linguagem ou imagens consideradas chocantes)

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