segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Porque existem outros livros

Não quero esquecer-te, quero que sejas memória. Quero lembrar-me dos momentos, daqueles momentos, sabes quais são, momentos nossos. Quando nos somávamos os dois, sem pensar em qualquer outra variante, e o resultado era infinito, cheio de possibilidades...a que, como todo o infinito, nunca chegámos.   
Não quero esquecer-te, quero guardar-te. Aceder à tua lembrança para recordar o teu calor...espero sentir o teu odor...mas poder fechar tudo num tempo passado, que só se abre em alguns momentos de saudade desta ilusão, em que pensava ter-te sem na verdade me teres dado sequer a tua mão.
Quero que sejas uma história bonita, aquela que me começaste a contar sem prevenir que era triste, porque quando te tentei dar o que me pediste, todo o meu ser em troca da tua mão, saltas-te para outros livros...Nunca foi real esta ficção.      
Pois agora sou eu que desisti de ler-te, chegam-me os capítulos que marcaste dentro de mim. Não quero, nem vou esquecer-te, mas vou guardar a nossa história apenas na minha memória, para um dia quem sabe contá-la com outro fim. Um que chegue ao infinito.  

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