terça-feira, 3 de março de 2009

Happiness com "I" e não com "Y"



“The Pursuit of HappYness” (2006), filme de Gabriele Muccino, que só ontem tive oportunidade de ver, não podia estar mais perto de tantos dramas reais que conhecemos actualmente no nosso País, como da fase que eu mesma atravesso.
Não estou deprimida.
Às vezes.
Sinceramente não! Não desisti da felicidade.
Identifico aqueles sentimentos confusos, e uma ansiedade desmedida que me aperta o peito e pressiona para fazer as escolhas acertadas, numa altura em que parecem poder decidir qual o futuro...omnipresentes e omnipotentes.
No fundo não acredito nisso.
O que é feito do cosmos?!
O filme é baseado na história verídica de Chris Gardner, desempregado aos trinta anos de idade e que vivia com o filho numa casa-de-banho publica de São Francisco, até ao dia que decidiu ser corrector de bolsa. Esforçou-se, por meio de estágios e pequenos empregos, e aos poucos criou a sua própria empresa de
especulação financeira e investimentos, enriquecendo.
Tendo sido apontado como previsível, lamechas, e de revitalizar o modelo de fábula social sobre o "Sonho Americano" à maneira clássica de Frank Capra, “The Pursuit of HappYness” na minha opinião diz muito mais do que isso.
O filme reanima a perseguição dos sonhos, a perseverança séria, o acreditarmos em nós próprios, e munirmo-nos da nossa força interior, quando todas as outras forças se reúnem contra nós.
E muito embora sejam lemas conhecidos, a roçar sonhos idealísticos em que, tal como no filme, tudo acaba bem, quando na realidade a desilusão é por vezes quem ganha, é no pormenor dos seus diálogos que o filme se mostra realmente sábio, jogando com uma simplicidade credível. E a ver.
“The Pursuit of HappYness” não é mágico, nem extraordinário, admito, mas já há algum tempo que aprendi que o futuro não deve ser sobrevalorizado pois, se com a mente nos esforçarmos por ver um presente melhor, ainda que partindo de um cenário negro, pode ser que as cores realmente apareçam, e os dinossauros deixem finalmente de meter medo (just for watchers).
Will Smith, no papel de Gardner, cita no filme Thomas Jefferson na Declaração da Independência: “him saying that we have the right to life, liberty, and the pursuit of happiness. And I thought about how he knew to put the 'pursuit' in there, like no one can actually have happiness. We can only pursue it.” Pois eu acredito nela!
Não como algo constante. Mas como uma camada de lava, que por vezes está adormecida, submersa...não a vemos, mas não deixa de estar presente, mesmo nas piores alturas se conseguirmos sentir o seu calor. E quando finalmente a deixamos emergir, brota numa erupção incandescente, cheia de cor, escorrendo lágrimas de felicidade! “Happiness com "I" e não com "Y".”

5 comentários:

Edite Felgueiras disse...

encontrei-te! :)

Anônimo disse...

tb já vi esse filme quando saiu. é muito bom para gastar uma caixa de lenços do pingo doce. :)

Edite Felgueiras disse...

ainda não tive oportunidade de ver, mas está na minha lista de " a não perder" :)

Anônimo disse...

...please where can I buy a unicorn?

Malyfree disse...

Why do you want a unicorn? You can't buy one, but look at the sky and you will find Monoceros, purhaps it will do to you.